30 junho, 2006

 

163. Estragos causados pelo granizo

Pelo nosso país houve algumas regiões que foram afectadas de forma severa pela queda de granizo grosso que causou graves estragos, sobretudo na agricultura.
Os Forcalhos também foram atingidos por este granizo, na quarta-feira, dia 21 de Junho, que não só alagou hortas como também fez estragos em algumas habitações. Para ilustrar publicamos algumas fotos que recebemos por email do Marco Pespega que mostram algumas janelas com os estores danificados pelo impacto da queda de grandes bolas de gelo.










- Janelas danificadas:
Esquerda: da casa do Toninho, que fica no caminho que vai da Associação para a igreja.
Centro: da casa de Isabel, que fica na estrada para a Aldeia da Ponte
Direita: casa de Mário Grande.


OJ

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25 junho, 2006

 

162. Insólitos

Assim como há um ano, só cinco dias depois da criação do blog foi publicado o primeiro post, também agora usámos do mesmo tempo para publicação do primeiro post pós aniversário do ano um deste blog.

Começamos com um post que inclui imagens violentas, quase dignas daquele programa, em tempos exibido na SIC e apresentado por Artur Albarran, "Imagens reais": O drama, o terror, a tragédia, …
É por isso que alertamos os leitores que neste post publicamos imagens não aconselhadas a pessoas sensíveis por serem eventualmente chocantes e violentas. Assim sendo a quem se incluir neste grupo persuadimos para que cesse imediatamente a leitura e visualização deste post.

















Os Forcalhos são uma terra antiquíssima e as velhas paredes do seu casario guardam muitos mistéros, segredos e histórias.
Lembro-me que em diversas ocasiões ouvi contar que num palheiro se guardava uma urna.
- Uma urna num palheiro? Que absurdo!!! Mas que tipo de urna?
Confirmaram que era uma urna para funerais, um caixão.
- Que coisa mais estranha!!! Digna dos insólitos Yorn!
Como São Tomé também fiquei incrédulo e quis ver para crer.
Fui então levado ao dito palheiro.
Entrei e o ambiente era mesmo fantasmagórico, digno para a realização de um bom filme. E acreditem no que conto, porque eu vi e tirei provas fotográficas que apresento. São mesmo verdadeiras por muito macabras que possam parecer.


- Será que há manifestações de obscurantismo, do oculto ou magia negra por estes lados?
Nada disso. Contaram-me que há perto de 30 anos José Vicente, que fora guarda nos Forcalhos, tinha como negócio extra a venda de urnas funerárias. Na altura o negócio das funerárias ainda não estava tão desenvolvido. Tinha uma loja em casa e à falta de espaço colocaria algumas urnas neste palheiro. Quando se foi embora, talvez por esquecimento, deixou ficar uma urna que, ao que parece, pelo seu significado macabro ninguém teve coragem de remover e por isso foi ficando.


































Agora reparem no pormenor da última foto: O local mórbido, à esquerda da urna, que uma pata escolheu para fazer ninho e pôr os seus ovos, mesmo juntinho ao caixão.
Que situação mais antagónica. Os ovos símbolo da vida e o caixão símbolo da morte, lado a lado, sem nenhum pudor e numa normalidade perturbante!
A natureza tem destas coisas e se bem analisarmos a pata é que está correcta na escolha do local para o ninho: Se há alguém que possa fazer mal não são os mortos mas os vivos.


OJ

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20 junho, 2006

 

161. Um ano de N.F.

Há um ano, no dia 20 de Junho de 2005, foi criado o blog Noticias dos Forcalhos e cinco dias depois publicado o primeiro post. Embora nos pareça que foi já há muito tempo na realidade somente agora fazemos um ano.
Ainda me lembro de insistir com o director do nosso jornal Noticias dos Forcalhos, Carlos Jorge, para arrancar com este projecto. Como inspiração e exemplo servi-me do saudoso e muito interessante blog Arqueoblogo, desenvolvido pelo arqueólogo da Câmara Municipal do Sabugal, Marcos Osório.
Aceite o projecto avançámos de forma modesta no intuito de publicar uma média de um post de dois em dois dias, situação que mais ou menos temos alcançado.




- Rosto com que nasceu o blog Noticias dos Forcalhos, alterado para o actual alguns dias depois por razões práticas e estéticas.






Sem publicidade a pouco e pouco temos sido descobertos pelos nossos conterrâneos, sobretudo os da diáspora, pelos nossos vizinhos, assim como por muitos outros que nunca ouviram falar nos Forcalhos.
No início estranhamos os pouquíssimos comentários atendendo a um já número razoável de visitas. Seria o número verdadeiro? Se realmente o blog não fosse lido valeria a pena continuar? A dúvida surgiu. Mas continuámos. E cremos que valeu a pena. Nas nossas deslocações aos Forcalhos apercebemo-nos do impacto que o blog tem, sobretudo com os emigrantes.

E embora haja poucos escritos nas caixas de comentários no blog sabemos que é muito comentado entre os Forcalhenses dos vários cantos do mundo, sobretudo pelo telefone.
E como apontamento curioso foi interessante a reação de um dos nossos emigrantes quando publicámos alguns posts sobre a Lajeosa. Julgando que este blog tinha passado para a Lajeosa logo ligou para os seus familiares nos Forcalhos para informarem o Presidente da Junta que queriam o blog de volta para os Forcalhos.
Claro que este blog não é da Junta de Freguesia mas o Presidente fez-nos chegar a preocupação.
Evidentemente que este blog incide sobre os Forcalhos, mas é suficientemente aberto para se interessar pela região, especialmente com os nossos vizinhos.

Uma das nossas principais dificuldades reside no facto de vivermos longe dos Forcalhos, terra que amamos, o que limita as nossas notícias. Por isso a importância dos que moram ou por lá passam de nos enviarem novidades sendo, até agora, exemplo disso os seguintes: José Alves, Fernando Lourenço, Marco Pespega, Esteves Carreirinha. Aqui fica o nosso agradecimento.
Vamos continuar com este projecto e desde já agradecemos a todos os que nos visitam, especialmente aos vários comentadores que sempre animam este cantinho.

Agora resta-nos passar a bola a todos vós leitores que por aqui ides passando para opinar sobre este blog, avaliá-lo, propor ideias, enfim, dizer de vossa justiça.

OJ

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19 junho, 2006

 

160. Jornadas do Contrabando

Neste fim-de-semana, conforme foi anunciado em alguma comunicação social como no jornal “ Terras da Beira ” e no jornal “A Guarda”, ou em outros locais como o blog “A aldraba”, decorreram as Jornadas do Contrabando. Participaram estudiosos desta matéria tanto portugueses como espanhóis. Foi apresentado o livro “Carregos – Estudo sociológico do contrabando" de António Cabanas.
No dia 18 deste mês as jornadas seguiram para o terreno passando por algumas terras junto à fronteira por onde passava muito desse contrabando.










- Chegada dos cavaleiros aos Forcalhos .
(foto cortesia José Alves)


Neste roteiro incluíram os Forcalhos, terra de fronteira e repleta de muitas histórias de contrabando, onde foi promovida uma confraternização com merenda oferecida pela organização. O grupo chegou aos Forcalhos de várias formas: uns de viatura própria, outros a cavalo e outros ainda a pé desde Aldeia do Bispo. Atrás seguiu o autocarro da Câmara Municipal do Sabugal.










- O nosso conterrâneo Adérito, já recuperado do braço (acidente noticiado no post 138. Capeia da Páscoa em Alfaiates ), ao passar junto do grupo das jornadas, vindo da lavoura, logo se juntou a este relatando algumas histórias de contrabando pelas quais passou.
(foto cortesia José Alves)


Também se juntaram populares dos Forcalhos, alguns dos quais figuras participantes destas narrativas, que descreveram histórias do contrabando revivendo esses tempos passados, como o Adérito e a Ester. Também marcaram presença algumas entidades oficias como o presidente da Junta dos Forcalhos e os Alcaides das Casilhas e Albergaria.










- Esquerda: O nosso conterrâneo Chico, acordeonista, animando o grupo com musica.
- Direita: A merenda no caminho para as Casilhas.
(fotos cortesia José Alves)


A merenda decorreu junto à ponte da estrada para a Lajeosa, no caminho para as Casilhas.
O presidente da Junta de Freguesia dos Forcalhos só lamentou ter sido alertado da passagem das jornadas pelos Forcalhos já muito em cima do acontecimento impossibilitando a preparação de um melhor acolhimento do grupo.
Partiram, depois, seguindo pelo caminho das Casilhas salpicando a caminhada com mais histórias.










- Nas Casilhas.
Esquerda: Os cavaleiros.
Centro: A mesa.
Direita: Duas forcalhenses junto das bandeiras dos países intervenientes nas histórias destas jornadas.
(fotos cortesia José Alves)


Passaram a fronteira e foram até à aldeia espanhola, nossa vizinha, de Casilhas de Flores, onde foi desenvolvido e aprofundado todo este tema num palco montado.
Seguiu-se uma refeição tipicamente espanhola, uma grande paella.










- Confecção da paella. Na foto da esquerda José Alves a quem agradecemos o envio das fotos e informação.
(fotos cortesia José Alves)

Participaram tanto portugueses como espanhóis nesta feliz iniciativa.
Sabemos de outros mais que desejavam participar nestas jornadas, como o caso de nós os gestores deste blog, mas por problemas de agenda não puderam.
O êxito desta acção teve eco inclusive na televisão, concretamente na TVI, onde foi passada uma reportagem no seu noticiário.
Esperamos que estas jornadas se repitam porque para além de fixarem um património que vai desaparecendo com o envelhecimento e desaparecimento dos seus intervenientes também promove o encontro e as ligações desta raia luso-espanhola.

Um agradecimento especial a José Alves por nos fazer chegar estas informações assim como as fotos.

OJ


------ Actualizado em 21 de Junho de 2006 -----








- Cartaz promocional das "Jornadas do Contrabando".
(Foto cortesia de José Alves).

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17 junho, 2006

 

159. Meruge





- Meruge.









Esta planta de nome científico “stellaria media”, que entre nós toma o nome de meruge, surge normalmente em nascentes, regatos ou nas ribeiras, onde há água corrente. É considerada uma erva daninha mas, contudo, na nossa zona é aproveitada para saladas por ser um vegetal tenro e saboroso. A meruge é muito parecida com os agriões embora com características fisiológicas mais diminutas.
Como não existe propriamente a comercialização desta planta para a alimentação é necessário ir apanhá-la. Convém ir devidamente equipado, pois normalmente tem que se entrar dentro de água.





- O nosso conterrâneo Amândio apanhando meruge nas margens da ribeira dos Forcalhos, junto à ponte da estrada para a Lajeosa.









Muitos que vivem longe, e em terras onde esta planta não existe, aproveitam a estada por estas paragens para uma apanha, como mostra o flagrante das fotos que publicamos. Neste caso foi junto à ponte da estrada para a Lajeosa.















Ainda para mais nos Forcalhos os cursos de água não sofrem propriamente de poluição, uma vez que nascem dentro ou relativamente perto dos limites dos Forcalhos onde a industria é inexistente. Por isso mais segura é a qualidade da planta.



- O equipamento mínimo para apanhar a meruge: botas.












Para saber mais sobre esta planta recomendo uma passagem pela enciclopédia wikipedia AQUI ou pela página da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) AQUI .

OJ

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14 junho, 2006

 

158. Hi5

A Internet abriu novos horizontes a vários níveis como os da informação e comunicação, sendo os blogues disso um exemplo. Também a construção de comunidades on-line tem proliferado sendo o Hi5 uma das mais conhecidas e por isso objecto de artigos já publicados em vários jornais e revistas como na revista do jornal Expresso de 27 de Maio deste ano.
É muito usado, sobretudo pelas camadas mais jovens, sendo uma autêntica moda. Só de portugueses são mais de 800 mil os inscritos.









Para os menos atentos informamos que o Hi5 é uma ferramenta criada em 2004. Desenvolvida na América, situada actualmente na Califórnia mais concretamente em S. Francisco, através da qual funciona uma gigantesca comunidade on-line.

Em números podemos dizer o seguinte:

20 milhões de membros inscritos.
840 mil portugueses (57% masculinos, 43% femininos)
20 anos a média de idades
10 milhões de visitas/mês
2 mil milhões de páginas vistas/mês

(fonte: revista Única do Expresso de 27 de Maio de 2006)

Qualquer um se pode adicionar gratuitamente registando-se AQUI com um email e password. Insere os dados pessoais e as fotos que entende partilhar com todos.
Feito o registo automaticamente todos os contactos desse email serão notificados com um convite para entrarem para a rede de amigos.

A rede de usuários do Hi5 é vasta sendo possível encontrar amigos que já não víamos há muito tempo ou que desconhecíamos que também estavam no Hi5 e convidá-los para o nosso grupo. Ou convidar desconhecidos por algum interesse comum, ou outro, encontrado no perfil. E claro também podemos ser alvos de convites. O mesmo para comentários, mensagens, classificações, testemunhos, etc. Contudo o mais importante é que cada utilizador pode decidir quem quer ter nos seus amigos, ou não, assim como o que tornar público (comentários, mensagens,..). Apresenta-se deste modo um sistema seguro. Só o próprio pode alterar, apagar ou eliminar assim que o entenda.




- Pedro, o criador do grupo "Forcalhos".






Outras das opções que o Hi5 permite é a criação de grupos aos quais os utilizadores se podem adicionar. Os grupos são construídos na base categorias como escola e educação, actividades profissionais, culturas e comunidades, entretenimento e artes, jogos, musica,…
Pois o que me motivou a escrever este post foi exactamente por um dos grupos, na categoria cultura e comunidades, ser Forcalhos.
Foi criado em 25 de Setembro de 2005 pelo Pedro e estão inscritos até ao momento 35 membros. Em boa hora o Pedro tomou a iniciativa de criar este grupo. Sempre é mais um elo a ligar forcalhenses, sobretudo os que andam na diáspora, em que alguns não se conhecem entre si.
Bem sabemos que não são muitos os adicionados mas a nossa terra também não é grande, apesar de ser uma grande terra.
Também outras terras da nossa zona têm seus grupos como as nossas vizinhas de Aldeia da Ponte, Lageosa da Raia, Aldeia Velha, Aldeia do Bispo, Alfaiates, Soito, e muitas outras culminando na sede de concelho, Sabugal. Para além das terras também encontramos algo mais vasto mas ligado à região como o grupo “Raianos” ou “Forcão e Encerros”.
Aqui ficam as imagens dos usuários do grupo dos Forcalhos:











































OJ

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13 junho, 2006

 

157. Mercado de Alfaiates










Na região existem vários mercados sendo um dos principais o Mercado de Alfaiates. Acontece todas as segundas Quintas-feiras de cada mês e tem origens medievais. Realiza-se à volta do castelo por onde proliferam algumas bancadas rústicas de granito e alguns telheiros, estendendo-se também a algumas das ruas de Alfaiates.
É dos mercados a que os forcalhenses mais concorrem e nas fotografias que se seguem lá se encontram alguns.















































OJ

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12 junho, 2006

 

156. Antes e depois - Rua do Forno Telheiro



- Vista aérea dos Forcalhos.

Legenda:

Linha vermelha - Rua do Forno Telheiro
Linha azul - Ribeira dos Forcalhos









Apresentamos algumas fotos da íngreme Rua do Forno Telheiro.
Partimos junto da ponte para as Sarzedas (ponte da Rua do Cemitério), onde está uma das extremidades, subindo até junto da torre da igreja, onde fica a outra extremidade desta rua.
Podemos através desta mostra fotográfica comparar o que era com o que está.


























- Inicio da Rua do Forno Telheiro
Antes – 1987 – A rua sem qualquer cobertura.
Depois – 2006 – Já com calçada.





























- A íngreme Rua do Forno Telheiro
Antes – 1987 – Terra e pedra.
Depois – 2006 – Só pedra

















- Outro patamar da Rua do Forno Telheiro
Antes – 1987 – Uma rua muito irregular.
Depois – 2006 – o calcetamento impôs alguma regularidade possível.

















- Um recanto da Rua do Forno Telheiro
Antes – 1983 – Um recanto muito sugestivo…
Depois – 2006 – que ainda se vai mantendo.















- Promenor de uma casa da Rua do Forno Telheiro
Antes – 1987 – Uma bela cortelha e poleiro na Rua do Forno Telheiro
Depois – 2006 – Lamentavelmente este belo exemplar da arquitectura rural foi destruído.




























- O fim da rua do Forno Telheiro rematada com a torre da igreja matriz.
Antes – 1987 – Um dos pontos altos dos Forcalhos.
Depois – 2006 – Algumas reconstruções são notórias.

OJ

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