26 setembro, 2006

 

168. Rosca e sardinhada

José Alves envia-nos o seguinte artigo e respectivas fotos:










Como é do conhecimento de todos, no dia 23 de Agosto foi realizada a festa do Emigrante. Como é de habito há as tradicionais “Roscas”, ou seja, bolos que são oferecidos pelos mordomos da dita festa. As mesmas são arrematadas por populares e o dinheiro vai para beneficio da Igreja. Desta vez foi a senhora Gloria Gonçalves, também conhecida por Gloria “Gaiala” que arrematou uma delas, e que pensou partilhá-la com todas as suas amigas, já que todos os anos nesta época vão fazer a sardinhada num dos lameiros da Ramalhosa. Neste ano quiseram fazer melhor e com a colaboração da senhora Maria do Nascimento, também conhecida pela Maria do “João Tónho”, e outras amigas pensaram fazer a sardinhada, mas desta vez na aldeia. Foram assadas no curral do Manuel Carriço com a particularidade de serem os homens de algumas amigas, também convidados, que se encarregaram de fazer os assados, e não foram só sardinhas… e assim, pelas treze horas do dia 1 de Setembro deste mesmo ano realizou-se o almoço de confraternização entre alguns amigos dos Forcalhos, na casa do senhor Daniel Ramajal Ferreira, também conhecido pelo “Nei da ti Cachão”. Entre os convidados encontrava-se o Presidente da Junta o Secretário o Sr. Porfírio, o Sr. Clemente, o Sr. Mário da Maria da Glória e o Sr. Manuel Carriço e também o Sr. Carlos do ti “João Pedreiro” e sua esposa Srª.Isaura, radicados no Canadá, que se encontravam em férias na sua terra Natal.



















Esperamos que de hoje a um ano estejamos todos juntos e mais alguns amigos dos Forcalhos para se realizar, neste mesmo dia, o almoço entre todos. Muito obrigado às senhoras que tiveram esta lembrança.


José Alves

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11 setembro, 2006

 

167. Festas do Verão

Cumpriu-se o programa das festas:




































Bons conjuntos, assim como rancho folclórico e filarmónica, a animarem a festa.
Não houve foguetes de canas. Os mordomos cumpriram com as regras preventivas do flagelo dos fogos.
O fogo preso nas eiras foi bonito.


- Festa do Santíssimo Sacramento.












- Mordomos: Passagem de testemunho.












Na segunda-feira, dia 21 de Agosto, logo de manhã a aldeia encheu-se de forasteiros para ver o encerro.
















Ouvia-se, com profusão, além do português o espanhol e o francês.
O encerro foi espectacular seguindo-se o touro da prova que pegou rijamente ao forcão.
Depois das 16 horas, com a praça cheia de gente teve lugar o pedido da praça seguido da capeia com forcão.
Esperaram-se todos os touros. Os moços houveram-se com valentia e desta vez não houve acidentes descontando uma ou outra escoriaçãozita.
De notar que o largo do corro foi alcatroado e por isso teve de levar temporariamente uma camada de terra para possibilitar a capeia.
Os palanques que rodeiam a praça foram melhorados com mais suportes metálicos.


- Encerro.












- Prova.










(Fotos cortesia de Cristina Jorge)



- Pedido da praça.










(Fotos cortesia de Cristina Jorge)



- Capeia.




















(Fotos cortesia de Cristina Jorge)





















(Fotos cortesia de José Carlos Aposta)

Na quarta-feira teve lugar a tradicional festa de Santa Cruz promovida pelos emigrantes, com Missa solene e procissão com todas as imagens da igreja em andores devidamente enfeitados.


- Festa de Santa Cruz (dos emigrantes).




















(Fotos cortesia de Cristina Jorge)


- Arrematação das roscas.











CHGJ

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06 setembro, 2006

 

166. FESTIVAL Ó FORCÃO RAPAZES 2006

José Manuel Gusmão enviou-nos o seguinte artigo, cumprindo o que nos prometera:


1. FESTIVAL DA RAIA

O festival "Ó Forcão Rapazes 2006", realizado no passado dia 19 de Agosto na praça de touros de Aldeia da Ponte, ficará concerteza gravado na memória de todos aqueles que tiveram o privilégio de o presenciar.

Foi deveras gratificante assistir à salutar amizade e camaradagem reinantes nas bancadas, na trincheira e na arena entre todos os intervenientes: Aldeia do Bispo, Aldeia da Ponte, Aldeia Velha, Alfaiates, Foios, Forcalhos, Lageosa, Ozendo e Souto.

Excelente ambiente taurino / raiano, abrilhantado pela actuação da banda de música, Juventude Musical Ponterrolense de Torres Vedras.

A locução esteve a cargo do Esteves Carreirinha (Aldeia da Ponte), que de forma serena, calma e tranquila ia informando os espectadores das entradas das equipas na arena, assinalando também o final de tempo da actuação de cada uma delas. De registar o trabalho específico desenvolvido pelo Esteves Carreirinha ao longo destes anos, procurando respeitar a sensibilidade de todos os presentes, contribuindo assim para uma raia mais sã, mais nobre, mais unida.

Bonita a manifestação popular da freguesia de Alfaiates nas bancadas, participando activa e alegremente na realização da soberba e famosa "ONDA", procurando assim entusiasmar e contagiar para a festa toda a assistência, que por sinal se revelou muito colaborante.

"BEM-HAJA ALFAIATES
PELO VOSSO REGRESSO".




















2. TOUROS / GANADEIRO

Tarde de sol e de muitos bons touros. Permitam-me dar os meus sinceros parabéns ao ganadeiro e amigo José Aires Bárbara Basílio (Zé Nói). Contra factos não há argumentos, e são já dois anos seguidos que o nosso conterrâneo forcalhense apresenta curros de touros de altíssima qualidade. Há bravura dos touros, adiciona-lhe peso, envergadura, terapio e apresentação, fruto de um trabalho árduo de procura junto das melhores ganadarias portuguesas, conseguindo trazer touros nobríssimos, cujo excelente comportamento, fizeram já anteriormente brilhar prestigiados cavaleiros e forcados nas principais praças do nosso país.

"TOUROS DE ZÉ NÓI,
SÃO GARANTIA DE SUCESSO".


Orgulhemo-nos forcalhenses do importante contributo, que este nosso conterrâneo presta ao Festival e em concreto este ano às “9 famílias raianas”, que participaram na realização deste espectáculo, assumindo total imparcialidade na escolha criteriosa dos touros sorteados pelas diferentes equipas, na expectativa de todas elas poderem efectuar actuações verdadeiramente dignas com o forcão.

"DOS FORCALHOS VEIO O FESTIVAL,
DOS FORCALHOS VÃO OS TOUROS".



3. ORGANIZADORES SEGUINTES

Os espectadores que pagam o seu bilhete, as equipas concorrentes que participam gratuitamente e o próprio Festival, merecem, que a organização apresente em praça um conjunto de forcões (3 no mínimo), feitos de propósito para o efeito, e não andarem, passe a expressão "a mendigar", junto de algumas freguesias a cedência dos forcões, cujas capeias já se tenham realizado. Normalmente esses forcões mesmo arranjados, chegam em muito mau estado para serem utilizados na espera de touros com estas características.
Sugere-se que a construção desses forcões seja efectuada por pessoas conhecedoras do assunto, tendo em conta o peso e as dimensões dos referidos forcões, para que possamos garantir um melhor espectáculo, salvaguardando questões de equiparação de igualdade e segurança, durante as respectivas actuações das equipas na arena. Já agora no "rabiche" não se esqueçam de colocar 4 pequenas estacas manobradoras de forma a facilitar a sua movimentação.

"SEM CAPA NÃO HÁ TOUREIRO,
SEM FORCÃO NÃO HÁ EQUIPA".


















4. ACTUAÇÃO DA EQUIPA DOS FORCALHOS

Analisando agora a actuação da equipa dos Forcalhos no Festival deste ano, por certo quem assistiu, reparou na faixa etária juvenil que a nossa formação apresentou.

"O FUTURO ESTÁ NOS JOVENS,
LOUVEM-SE OS JOVENS".

Como elemento activo e coordenador do grupo dos Forcalhos, devo acrescentar, que a equipa cumpriu com dignidade até ao seu limite, sem contudo apresentar o brilhantismo de outros anos. Apesar de não pretender justificar falhas, quer no aspecto técnico, quer no aspecto físico, o grupo foi a oitava formação a entrar em cena.
Pretendia utilizar o 1º forcão com o qual seis das sete equipas até aí, tinham esperado os seus touros em sorte.
Chegado o momento verificou-se que esse forcão estava completamente destruído, devido aos violentos impactos dos touros anteriores.
No seio desta equipa forcalhense, nenhum elemento é entendido no arranjo / construção de forcões. Foi pedida à organização ajuda específica no sentido de compor o respectivo forcão. Informaram-nos que iriam demorar muito tempo, correndo-se o risco de aborrecer a assistência e estragar o espectáculo.
Tentámos então preparar o 2º forcão, mas para nossa surpresa não fomos autorizados a efectuar a modificação que desejávamos.
Contra a nossa vontade, e para que a equipa em representação da freguesia de Forcalhos não fosse chamada de "ovelha ranhosa", decidiram os elementos mais experientes, pegar neste 2º forcão, sabendo dos riscos e dificuldades que iriam encontrar, quer em termos de peso a suportar pelos elementos do grupo ao meio e galhas deste forcão, quer em movimento coordenado do próprio grupo no "rabiche".
As indicações iniciais estabelecidas, foram no sentido de esperar o touro com uma ou duas marradas no forcão, seguindo-se de imediato a sua retirada.
Contudo a juventude tem o chamado "sangue na guelra", a adrenalina estava alta, e quiseram dedicar mais tempo à sua actuação, avançando, não tendo em atenção o esforço físico suplementar que certos componentes no próprio grupo estavam a desenvolver.
Momentaneamente no “rabiche”, foi audível por parte de alguns rapazes, manifestação de cansaço físico.
Nem mais um avanço, ordem de retirar o forcão da arena, evitando assim aquilo que pior pode acontecer num Festival desta natureza, a queda de elementos da equipa e a consequente passagem do touro para trás do forcão, desmembrando por completo o grupo, como aliás horas antes aconteceu com uma outra formação.
Certamente quem assistiu achou estranho a equipa forcalhense, ter retirado o forcão demasiado cedo do centro da arena, mas com esta descrição, poder-se-á entender melhor o sucedido, fruto da experiência adquirida ao longo dos anos, de elementos muito influentes e representativos do grupo, que por norma, quando apresentam sugestões ou tomam decisões, são respeitados.

"VALE MAIS PREVENIR
DO QUE REMEDIAR".


5. CONCLUSÃO

Feliz o FESTIVAL, que consegue durante 21 anos consecutivos, reunir toda a família raiana, à volta do secular forcão e das tradições deixadas pelos nossos antepassados.

* VIVA A RAIA
* VIVA O FESTIVAL
* VIVAM OS RAIANOS


José Manuel Gusmão

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