25 setembro, 2005

 

50. Comunidade virtual - Ferramenta - Instruções

Adicionamos no canto superior esquerdo deste blog uma ferramenta para todos os utilizadores que quiserem deixar uma referencia e uma mensagem generalista, que ficará visível para todos. Desta forma tornamos o blog mais interactivo. Também serve para consultar e ver quem está lá adicionado.
Para tal é necessário clicar no ícone que tem desenhado um globo terrestre, seguindo os passos descritos abaixo:

- Clicar no botão igual à imagem abaixo e que se encontra no canto superior esquerdo do blog, junto ao cabeçalho.





- Automaticamente se abrirá uma janela com o mapa-mundo. Em cima do mapa aparecerá outra janela. Para a retirar escolher a opção escrita a azul “Hide Welcome Message” (Conforme imagem abaixo). Caso cliquem em outra opção surgirá página publicitária, o que não recomendamos.



















- Para marcar o local geográfico onde o visitante está clicar em Post (1 na imagem abaixo). Automaticamente se abre uma janela. Clicar OK (2 na imagem abaixo).



















- Com o curso escolher o local no mapa-mundo onde o visitante se encontra e aí clicar (3 na imagem abaixo).




















- De imediato abre-se uma janela com campos para preencher. Terá no mínimo colocar o nome, uma mensagem e escolher o boneco que o representará. Recomendo escolher a bandeira (flag) do país. Se colocar o email ficará visível para que qualquer visitante possa comentar ou responder à mensagem que deixar. No fim dos campos preenchidos é só clicar em “Submit”(4 na imagem abaixo). E já está.



















Também poderá ler as mensagens dos outros visitantes clicando nos respectivos bonecos.
Agora, para aumentar a comunidade virtual, ficamos à espera da vossa iniciativa.

OJ

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24 setembro, 2005

 

49. As primeiras eleições para a direcção da ARCF

O nosso blog está ligado à Associação Recreativa e Cultural dos Forcalhos (ARCF). Justifica-se por isso uma pequena nota alusiva à sua criação.
Graças ao trabalho de uma comissão constituída para o efeito e, na parte final, formada por José Luís Veloso, Ismael Lourenço Alves, António Teixeira e Manuel Carlos Teixeira, a ARCF foi constituída por escritura pública em 30-06-1983 e os estatutos foram publicados na III série do Diário da República em 18-08-1983.

A Associação tinha como fins: promover a convivência entre todos os associados, conterrâneos e amigos dos Forcalhos; a promoção cultural e social dos naturais de Forcalhos; a promoção de melhoramentos e obras públicas, destinadas à melhoria e bem-estar dos naturais dos Forcalhos; o apoio à acção da Junta de Freguesia, nomeadamente em processos que corram em Lisboa. Podem ser admitidos como sócios todos os naturais, residentes e amigos de Forcalhos

A primeira eleição para os corpos dirigentes teve lugar no dia 22-08-1985, há, portanto, 20 anos. Os órgãos sociais ficaram assim constituídos:

Assembleia Geral
Presidente - Dr. Carlos Henrique Gonçalves Jorge
Vice-presidente – Carlos Ramajal Basílio
Secretário – João António Jorge Alves
1º suplente – Mário Monteiro Pinheiro
2º suplente – Alípio Pinheiro Lourenço
Direcção
Presidente – José Luís Veloso
Secretário – Ismael Lourenço Alves
Tesoureiro – António Teixeira
1º vogal – Manuel Carlos Teixeira
2º vogal – António José Lourenço Alves
1º suplente – José Dias da Cruz
2º suplente – Francisco Carlos Teixeira
3º suplente – Victor Pereira Mendes
Conselho Fiscal
Presidente – Manuel de Sousa
Relator – João Monteiro Teixeira
Vogal – Victor Trincão da Silva
1º suplente – Jorge Manuel Alves de Sousa
2º suplente – João Domingos Vieira de Sá






- Foto da primeira direcção eleita. Da esquerda para a direita:António Teixeira (tesoureiro), Ismael Lourenço Alves (secretário), José Luís Veloso (presidente), Manuel Carlos Teixeira (1º vogal), António José Lourenço Alves (2º vogal). Foto com data de Agosto de 1986.









Nesta reunião deliberou-se, ainda, a adjudicação da sede, aproveitando a antiga garagem construída para paragem da carreira entre os Forcalhos e Vilar Formoso e que agora foi cedida pela Junta de Freguesia à ARCF para construção da sua sede.
Como havia pouco dinheiro, por iniciativa do Beira e do Gusmão, para angariar fundos, nasceu, depois, o festival “Ó forcão, rapazes” que, devido ao seu êxito, ainda hoje se mantém.

CHGJ / OJ

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22 setembro, 2005

 

48.Património da nossa terra.

Ponte da rua do cemitério


















As pontes dos Forcalhos não são muito antigas. Construídas no século XX substituíram pontões.
Nas “Memórias paroquiais” o pároco dos Forcalhos escreveu o seguinte em 1758: “[…] tem esta Ribeyra três pontes de pau huma logo pella parte de sima deste lugar dos forcalhos no caminho da legioza, a outra mais abayxo no caminho de Aldeã do Bispo, e outra nas eyras no caminho da Alfaiates todas junto deste lugar de forcalhos.”
Os mais velhos, no lugar das pontes de “pau” acima mencionadas, conheceram pontões com lajes de pedra.





- A ribeira durante a estação quente seca por completo.




No romance do capitão Martins, “Drama sob as nuvens”, um dos capítulos decorre numa tempestade ilustrando a dificuldade que constituía a passagem da ribeira.

Transcrevo alguns exertos:
“Corria o ano de 1850. […].
Águas diluvianas ameaçavam submergir toda a superfície da terra. Do alto da Cabeçalta descia vertiginosamente para o vale de Sarsedas, uma compacta massa de água que, derrubando muro após muro, arrastava consigo pequenas árvores […].
- Deus queira que pontão da ribeira não negue passagem! – exclamou a viúva Otília, ao transpor, com água pelos joelhos, um regato que, atravessando o caminho, corria para o da Sarsedas.
Ao chegarem à ribeira que corre junto da aldeia, puderam certificar-se, constragidos, que o pontão havia sido derrubado pelas águas.[…].
De súbito, um moço, descendo pressurosamente pela rua que conduz à igreja, irrompeu por entre as pessoas que estacionavam daquele lado da ribeira, e gritou bem alto para que o som da sua voz, rompendo por entre o forte marulhar das águas em movimento, pudesse ser captado pelos que, na outra margem, ansiosamente aguardavam ver-se livres de tão crítica situação.
- Os pontões do Moinho e do Fornito ainda dão passagem! Dêem a volta por aquele lado, mas apressem-se se quiserem chegar a tempo.[…].
Os da frente começaram a travessia do pontão dos Moinhos. Em pouco segundos foi transposto por todos.[…].
E assim conversando uns com os outros chegaram ao pontão do Fornito que, situado junto da povoação, dá acesso à mesma.
Já várias pessoas tinham passado para a outra margem, quando, inesperadamente, se ouviu um estrondo fragoroso, de mistura com lancinantes gritos. Duas pedras do centro do pontão haviam sido arrastadas pelo ímpeto das águas, e três raparigas que na ocasião iam sobre elas não puderam furtar-se a acompanhá-las.”





- Durante o Inverno a água é corrente.





O clima tem mudado e dilúvios destes há muito que não se sentem nos Forcalhos.

OJ

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19 setembro, 2005

 

47. Arquivo JNF - Há 20 anos

Trabalhando a terra

Há 20 anos, no nosso jornal numero três, publicou-se um pequeno artigo com seis imagens. Ocupando toda uma página ilustra algumas fases do trabalho agrícola e é feita uma chamada de atenção para as mudanças que estavam a acontecer. Hoje estas imagens são relíquias e pertencem a uma forma de vida que já não existe.
Transcrevemos o pequeno texto juntamente com as imagens publicadas então a preto e branco e aqui reproduzidas com a mais valia da cor:

“Nos últimos anos, as vacas de raça mirandesa, aptas para o trabalho agrícola, quase desapareceram em favor de raças leiteiras. Parte dos campos deixaram de ser trabalhados por falta de rentabilidade e por força da emigração.
A agricultura, também nos Forcalhos, começou a mecanizar-se. Na terra já há vários tractores.
Faz-se, apesar de tudo, algum trabalho com vacas e, na conjuntura, passou a exigir-se dos burros e das burras um pouco mais e a fazer-se eventualmente com eles algo do que antes se fazia com aquelas.
É este ultimo aspecto que documentam recentes fotografias.
Nelas vemos:






- O ti Côca à frente do carro....










- .... saindo para lavrar....










-.... com a grade....










-.... a agradear....










-.... a lavrar....











-.... e a lavrar.



C. H. G.J. "

E termino como diria o saudoso jornalista Fernando Pessa: Hoje até os burros praticamente desapareceram, e os que há são de outra espécie. E esta, hem?!

OJ

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18 setembro, 2005

 

46. O livro do nosso cartonista

Foi ontem, dia 17 de Setembro, a sessão de lançamento do livro de cartoons de Sérgio Vieira com o título “Onde está a piada?”. A sessão teve lugar no solar dos Viscondes da Barreira, na freguesia da Barreira, perto de Leiria, conforme anunciado AQUI. Na mesa de honra marcaram presença a presidente da Câmara Municipal de Leiria juntamente com o vereador da cultura, o presidente da Junta de Freguesia e o pároco da Barreira, entre outros. A sala encheu e tornou-se pequena ficando muita gente na entrada.







- Sessão de Lançamento teve lugar no Solar do Visconde da Barreira. Imagem tirada do livro "Caminhos entrelaçados na freguesia da Barreira - Leiria", de António Almeida Santos Nunes.







O Sérgio Vieira tem colaborado no jornal “Notícias dos Forcalhos” e, por consequência, neste blog. Incluiu neste seu livro um cartoon já publicado tanto no jornal como no blog. No final do livro assentou os agradecimentos e de onde transcrevo um excerto:
“A lista não está completa e para continuar começo pela Junta de Freguesia da Barreira e ao seu executivo; ao Correio da Barreira, ao semanário Notícias de Leiria, ao Correio de Negócios, ao Jornal de Meirinhas, ao Notícias dos Forcalhos, a si que detêm este pequeno livro […]”.









- O livro e página onde está o cartoon publicado no jornal e blog "Notícias dos Forcalhos".

















Também nós desejamos ao Sérgio todo o sucesso e agradecemos a disponibilidade que nos tem dado, tanto mais que não sendo forcalhense e ainda não conhecer, “in loco”, os Forcalhos, já se rendeu à nossa pitoresca aldeia. E depois deste que venham muitos mais.

OJ

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15 setembro, 2005

 

45. Forcalhos / Horcajos

Julgava eu que o nome da nossa terra, Forcalhos, era, além de exótico, singular. Afinal descobri que não é assim tão exótico nem tão singular.
Há tempos, navegando pela net, fui parar ao site “Celtibéria.net” AQUI onde encontrei um artigo muito interessante, datado de 11-01-2004 publicado por um Vettónio, com o título “La Vettonia portuguesa”, completado com várias achegas. Para curiosos de história e também de turismo recomendamos uma visita, tanto mais que aí encontramos referências elogiosas à nossa região.
Discutem-se, ali, as fronteiras que separavam as tribos pré-romanas dos lusitanos e dos vetões, defendendo-se a tese de que a Vetónia abrangia terrenos que actualmente são portugueses, incluindo os da nossa terra.
Vamos apenas transcrever parte de uma frase que deu origem a este apontamento:

“[…]también en la toponimia encontramos estas similitudes entre la "Vettonia portuguesa" y el sector occidental de la "Vettonia española", con nombres que se repiten (con las lógicas diferencias idiomáticas) en uno y otro lado de la frontera en esta región: Batocas/Batuecas, Foios/Hoyos, Forcalhos/Horcajo, Malpartida...”







- Imagem tirada de AQUI








Procuramos na net e encontrámos muitos topónimos “Horcajos”: Horcajos Rojos, Rio Horcajos, Peña de los Horcajos… e, no singular Horcajo (bem perto de nós), Horcajo de la Sierra, Horcajo de Santiago, Horcajo de los Montes, Horcajo de las Torres…

Se repararmos que o “j” espanhol pode equivaler ao “lh” português ( ex.: mujer = mulher; mojado = molhado) e que o “h” espanhol pode corresponder ao “f” português ( ex.: horca = forca; hormiga = formiga), concluímos que Forcalhos, na nossa língua, equivale a Horcajos na língua espanhola e concluímos, também, que, sendo assim, afinal Forcalhos, como topónimo, não é exótico nem singular. Há muitos.

CHGJ

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12 setembro, 2005

 

44. Capeia arraiana?

Um dos acontecimentos das freguesias raianas (ou arraianas, que é o mesmo) do concelho do Sabugal, consistia (e consiste) na capeia. Falávamos nós, quando era criança e jovem, só em “capeia”, sem lhe juntar o qualificativo, hoje em voga, de raiana ou arraiana.
Curiosamente, verifiquei que, nos comentários vistos no "Livro das visitas" no site “Aldeiadaponte.com” AQUI, a propósito do Festival “Ó forcão, rapazes”, que se realizou, em 2005, no Soito, se discute o significado de “raia”, já que, segundo aí se diz, a raia vai do Minho ao Algarve. Alguns destes comentários têm certa piada e outros assumem características insultuosas.

Já o nosso associado e saudoso Carlos Alberto Martins Jorge se insurgia contra o adjectivo “raiana” ou “arraiana” que se juntava ao substantivo “capeia”, para caracterizar a nossa conhecida festa com gado bravo e forcão.
Tomando partido na discussão do que para nós seja a “raia” devo dizer, liminarmente, que o significado será diferente consoante o ponto de vista de onde partimos. É certo que a raia que divide Portugal e Espanha é muito extensa. Contudo, muitas vezes, e legitimamente, situamo-nos, apenas, no concelho do Sabugal e, aqui, para nós, a raia é muito mais limitada.

Recordo a este propósito um pequeno episódio ocorrido com meu pai, que foi regedor dos Forcalhos durante bastantes anos. Em determinada altura, foi ele, com colegas de outras freguesias, a uma reunião na Câmara do Sabugal. Regressou a casa de “carreira” (autocarro da Viúva Monteiro) com outros regedores de freguesias próximas. Junto a Alfaiates houve, ou esteve para haver um acidente, que meu pai me descreveu, acrescentando que o regedor duma das aldeias comentava: “ Ia a raia ficando sem regedores!”. Para este senhor, como para a generalidade dos residentes no concelho, a “raia” correspondia à fronteira do leste do concelho ou às freguesias fronteiriças do leste do concelho do Sabugal.
Eu próprio sempre assim o entendi.























Portanto, se nos situarmos num contexto amplo, supra concelhio, quando se trata de caracterizar as nossas capeias, julgo que, em vez de capeia arraiana, se deveria dizer capeia com forcão, pois é este que as caracteriza.
Também o que muitos não consideram é que do lado de lá da raia, em aldeias espanholas, há, tradicionalmente, “capeas”, mas sem forcão. Eu mesmo, ainda jovem em 1957, no dia 27 de Julho assisti a uma em Albergaria e no dia 25 desse mês tinha assistido a outra, nas Casilhas, na praça principal, tapada com carretas, onde nos subiamos. Aí vi morrer um toureiro espanhol. Nas Casilhas a “capea” realiza-se no dia 15 de Agosto, conforme se anuncia neste site que todos poderão ver: AQUI.

CHGJ

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11 setembro, 2005

 

43. Imagens fantásticas

Este Verão parece ter sido formidável no que respeita às capeias. O festival “Ó forcão rapazes!” teve bom gado bravo que brindou o público com fantásticos ataques ao forcão, possibilitando imagens únicas. O site Aldeiadaponte.com tem imagens surpreendentes que se podem ver AQUI e de onde se retira a que se segue (número de foto 104).















Também a capeia dos Forcalhos esteve excepcional. Os touros eram bravos e investiram forte contra o forcão. Corajosamente os nossos rapazes aguentaram as investidas de forma brilhante proporcionando um belo espectáculo.
Dentro deste espectáculo tauromáquico, a de Aldeia Velha também parece que teve fortes emoções permitindo captar esta imagem, que consideramos entre as melhores que vimos relativamente a este Verão, e aqui publicamos.















Esta imagem foi retirada do blog “sabylageosa” AQUI
A investida deve ter sido tão rápida e inesperada que os pegadores ao forcão só deram conta quando ele já estava em cima.

OJ

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08 setembro, 2005

 

42. Lendas – Rainha Santa nos Forcalhos

Também nos Forcalhos há lendas. Uma delas relacionada com uma casa que desapareceu e uma venerável figura da história de Portugal.
Era uma casa velhinha, cheia de musgo, situada quase no início da actual rua Capitão Martins, que com a idade foi … adoecendo … isto é, foi entrando em ruína até ser substituída por uma nova construção.
Pois reza a lenda que ali teria estado a Rainha Santa Isabel. No jornal NF, número um, a nossa escritora Maria Ramajal Jorge narrou de forma imaginária o acontecimento.
Bom … se esteve ou não, não o podemos provar. Mas que historicamente tal facto seria possível … seria.
Efectivamente a Rainha Santa Isabel esteve no Sabugal e deslocou-se a Guinaldo (Espanha) em 1298 onde se encontraria com duas rainhas: “[…] & ficou a Rainha Santa Isabel na Villa do Sabugal, para daquella fronteira dar expediente no que fosse necessário; & como a distancia era tão pouca, foy a Rainha Dona Maria levando em companhia seu filho, & a Rainha Dona Constança a hum lugar da raya de Castella, que chamao Fonte-Grinaldo, aonde a Rainha Santa Isabel tinha pedido que se vissem. Detiverao-se as três Rainhas dous dias neste lugar […].” (Monarquia Lusitana, parte V, livro XVII, fl. 263 vº e 264, edição da Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1976).
Ora os Forcalhos ficam entre o Sabugal, Alfaiates e Guinaldo. Se foi por aqui ou por outra rota que a rainha seguiu, não o sabemos.
Também em Guinaldo ainda haverá restos de um edifício onde teria estado a nossa Santa Rainha (Historia de la Villa de Fuenteguinaldo, Alejandro Blázquez Pólo, 1980 pag. 16, 17 e 18).








- A casa em 1968.
















- A casa em 1976.















- A construção que substituiu a velha casa. Foto de 1983.















- A nova construção integrada no conjunto. Foto de 2005.







CHGJ / OJ

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06 setembro, 2005

 

41. As 1000 visitas

O Noticias dos Forcalhos é um blog recente, criado em 20-06-2005 e o seu primeiro post data de 25-06-2005. Alguns dias depois acrescentou-se o contador de entradas (SiteMeter). Atendendo ao pouco tempo de existência e por focalizar uma pequena aldeia, ao colocar o contador de entradas, jamais pensaríamos que se atingiriam as mil visitas em tão curto espaço de tempo. É por essa admiração que fazemos questão de postar com o título dado. Registaram-se hoje as mil entradas. Desde já agradecemos as vossas visitas.

Em relação às entradas, temos observado que muitas têm sido através do Google. Do site www.AldeiadaPonte.com também verificamos bastantes entradas a partir do momento em que nos adicionaram como link na página relativas aos blogs da raia.

Algumas entradas tem sido curiosas. Entre elas saliento uma, originária do Brasil, em que efectuam uma procura no Google das palavras "GUERRA ALFAITES". Desta procura surgiu o nosso blog e, induzidos em erro, terão entrado. Esse erro foi causado por um post que aludia a guerras onde Alfaiates estava incluído. Contudo, no nosso texto, uma das palavras estava deficitária: em vez de Alfaiates estava Alfaites. Isto foi o suficiente para nos terem visitado por equívoco. Entretanto o erro já foi corrigido. Todos são bem vindos mesmo que por engano.

Geograficamente observaram-se entradas por todos os continentes, sendo a Europa a que regista maior percentagem.






Origem das ultimas 100 entradas no dia 22-08-2005.









OJ

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05 setembro, 2005

 

40. Serra das Mesas / Serra da Malcata

Desde criança, já lá vão mais de sessenta anos, da casa de meus avôs e, depois de meus pais, sempre me apontaram para as várias serras que ficam para os lados do sul. Quando “andava o burro na serra” ou seja, quando as nuvens cobriam a parte superior da Serra de Xalma, e quando o vento vinha dali, era sinal de que iria chover. Mais para a direita, ficava a Serra das Mesas.
Vários conhecidos, especialmente dos Fóios, que até já me pediram para os ajudar na sua cruzada, estão contra o pretendido esquecimento em que se quer fazer mergulhar a Serra das Mesas que (até) aparece rebaptizada de Serra da Malcata. Sem estudar este assunto, compulsando apenas elementos disponíveis em casa, parece-me que eles têm razão.

Não vou repetir tudo o que escrevi no jornal NF, mas sempre adiantarei que o pároco de Malcata, em 1758, nas chamadas Memórias Paroquiais, não refere nenhuma Serra da Malcata mas apenas a Serra das Mesas. O pároco dos Fóios escreveu então: "Chama-se a Serra das Mezas porque no princípio della se findam e batem coatro bispados dois deste reyno de Portugal que vem a ser este da cidade de Lamego, e outro da cidade da Goarda, e dois do reyno de Castella que vem a ser o de Cidade Rodrigo e o da Cidade de Cória. [...] Tem seu principio na Estremadura deste reyno com o de Castella daqui meia legoa para a parte do nascente. Corre toda a Estremadura adiante, dentro deste lemite tem huma legoa de largura e outra de comprimento aonde finda nam tenho a certeza."

(Para melhor visualização clicar na imagem. )






















Cartoon por Sérgio José das Neves Vieira, publicado no jornal NF n.º44 de Junho de 2005.

Para se tomar consciência da confusão reinante, constata-se que em várias publicações, embora se fale da Serra de Malcata, considera-se esta num plano muito inferior ao da Serra das Mesas, esclarecendo-se que a Serra da Malcata é uma ramificação da das Mesas e que a Serra das Mesas se prolonga até à Guarda (“Dicionário Corográfico de Portugal Continental e Insular”, Américo Costa, Vol. VII, pág. 1237; Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira…)
Entre outros que dão primazia à Serra das Mesas, veja-se o ilustre geógrafo Carlos Alberto Marques, de Vale de Espinho, em “Bacia Hidrográfica do Côa, edição da Assírio e Alvim, 1995, págs. 26 e 27.
No compêndio de Geografia do nosso 5º ano do Liceu lia-se: "... distribui-se o sistema Luso-Castelhano, a massa orográfica mais imponente do território nacional, com disposição NE-SW. Entra no nosso país pela Serra das Mesas e avança até às planícies da Beira Litoral. Estrela, Gardunha, Mesas, Penha Garcia, Alvelos, Muradal e Lousã são as serras que o constituem em Portugal."

Nos últimos tempos, porém, a designação de Serra da Malcata abafa, por completo, suprime mesmo, a de Serra das Mesas. Neste sentido surge a Reserva Natural da Serra da Malcata e suas publicações bem como a generalidade dos mapas que aparece no mercado, a começar, se bem interpreto, pelo “Mapa de Estradas de Portugal Continental, do Instituto Geográfico do Exército. Não haverá para aí entidade competente para sanear esta situação?

CHGJ

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04 setembro, 2005

 

39. Primeiro mail informativo recebido: + obras

É este o primeiro mail informativo, com data de 2 de Setembro de 2005, que nos foi remetido e com todo o prazer transcrevemos:

"Caro amigo Carlos Jorge mesmo hoje foram retirados os postes de iluminação pública que se encontravam no meio da rua da Tapada Vila. Já não era sem tempo… já os tinha mandado retirar em Maio.
JOSE ALVES"

Juntamos foto que havíamos tirado em 8 de Maio deste ano mostrando os postes de iluminação inadequadamente situados na rua após o alargamento desta.


















CHGJ / OJ

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03 setembro, 2005

 

38. Jogos e brincadeiras IV

Pistola de Madeira

Mais um brinquedo popular, este de inspiração bélica. Sem intenção de propagandear acções agressivas ou violentas, avançamos com a apresentação de mais um divertimento que os garotos dos Forcalhos faziam em tempos idos, servindo este apontamento como nota de carácter etnográfico. Esperamos que não surja nenhum talibã que aproveite os planos desta arma para ameaçar o mundo.


















Numa tábua de madeira corta-se um formato de pistola. Aproveitando os restos desta fazem-se as balas conforme a imagem em anexo. Depois fixam-se, na parte superior da pistola, à frente, as pontas de um elástico; uma ponta de cada lado.
O funcionamento da arma é o seguinte: Coloca-se a bala dentro do elástico, puxa-se para trás até à cavidade onde encaixa. Seguidamente empurra-se a bala para cima com o dedo polegar e esta sai disparada pelo efeito do elástico.


















Recomendamos, caso construam este artefacto, prudência pois nas mãos de crianças pode ser perigoso.

OJ

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