23 maio, 2006

 

149. Património da nossa terra

Alminhas II






















Como escrevi no post anterior existem outras alminhas análogas às que apresentei então. Ficam mais a sul. Partindo das alminhas anteriormente referidas segue-se o caminho que divide as freguesias dos Forcalhos e Aldeia da Ponte.

- Esquerda: O caminho em direcção a estas alminhas está praticamente impraticável, repleto de giestas e outra lenha, somente se descortina por estar delimitado pelas paredes de pedra solta visíveis na foto.
- Direita: Poldras para atravessar a ribeira em direcção às alminhas.



Embora o caminho inicialmente se apresente em bom estado, logo se torna impraticável com pedras soltas das paredes que o limitam, assim como giestas e outras lenhas que cresceram por toda essa parte do percurso. No final ainda se tem que fazer alguma ginástica saltando poldras para atravessar a ribeira.
















- Dois aspectos da situação das alminhas.

É no entroncamento deste caminho com o caminho do Valongo (caminho por onde se ia também para Alfaiates) que está o monumento. Com o crescimento de arbustos, as alminhas, hoje, quase passam despercebidas, escondidas que ficam pelas ramadas.

















- Pormenores das alminhas: Cruz; nicho; medalhão.

Este monumento é mais simples. Apresenta uma cruz idêntica ao outro, assim como o nicho.
A base é rematada com um círculo, tipo medalhão, contendo no seu interior, esculpido, um elemento naturalista, talvez um ramo de oliveira.



- Data lavrada, que se encontra entre o nicho e o medalhão, avivada a vermelho através de software.






Entre o nicho e o medalhão podemos observar, lavrada, a data de 1889.
O facto de ambas as alminhas terem a mesma data, de se encontrarem nos termos (opostos) de um caminho que limita duas freguesias, e também por estarem num entroncamento de caminhos, reforça a interpretação que está directamente relacionada como aplicação de marcos delimitativos.






- Comparação entre as duas alminhas.











A terminar fica uma foto de um Obélix Lusitano-Forcalhense confundindo as alminhas com um menir. Um elogio ao seu bom olho que logo descobriu a data inscrita nestas alminhas.

















OJ


---- Actualizado em 25 de Maio de 2006. ----


Enviado por Fernando Lourenço:










"Conforme prometi no comentário ao post sobre as alminhas, junto envio, uma foto dum valente Obélix, ou será que era o "ObéCristo" ou o "Jesulix". Devido aos óculos escuros e ao boné não consigo chegar a uma conclusão...
Depois de todo o esforço, patente na foto, devo dizer que deixei a cruz no mesmo lugar, porque não tinha interesse nela e ainda que tivesse, não cabia na mala do carro...
Um abraço
Fernando Lourenço"


Pois, Fernando, eu acrescento que muita sorte teve porque as várias partes dessa cruz unicamente se apoiavam através da força da gravidade. Só no seguimento da restauração da ermida é que colocaram espigões de ferro a fazer a ligação da base aos braços. Ora se a foto tivesse sido antes disso, não ter caído a cruz em cima! Não havia Fernandix que valesse.

OJ

.
Comments:
Gostei dessa do Obelix Lusitano-Forcalhense.

Sao deveras interessantes essas alminhas e tambem as poldras da ribeira.

Parece que todos os meus amigos resolveram ao mesmo tempo referirem-se as poldras.

Um abraco beirao.
 
Sobretudo quando criança, passei várias vezes junto ás alminhas referidas nos dois posts, mas nunca lhes dei a devida atenção, devido á tenra idade e talvez por me habituar á sua presença desde sempre. Só mais tarde olhei para elas com a devida atenção. è muito interessante o registo no blog.

Falando de valentes "Obelix's Forcalhenses" vou enviar uma foto dum deles... que modéstia á parte, o Marco não lhe chega aos calcanhares....
Um abraço
 
Olá OJ, ou melhor, como diz o Al Cardoso, obélix lusitano-forcalhense, já conhecia o seu blog ejá o visitava. Vou fazer um link lá no meu para ser amis fácil e rápido vir aqui ler e comentar.
 
Al Cardoso, sem dúvida uma casualidade curiosa juntar-me aos blogs "Por terras do rei Wamba" e ao "Neoarqueo" na apresentação de poldras.

Fernando, já recebi o email. Entretanto já actualizo o post.


TSFM, para que não existam enganos, não sou eu o Obelix Lusitano-Forcalhense. Esse é o Marco, que fez comentário no post anterior, e que me acompanhou na demanda do reencontro destas alminhas. Aliás, ao pé dele sou mais o Asterix :)

Também tenho acompanhado o Neoarqueo quase desde sua criação. Parabéns pelo blog e força na descoberta, protecção e promoção do património. A "linkagem" é recíproca. O Neoarqueo também já está entre os nossos links.
 
A cruz não estava inicialmente nesse lugar.Alguém há muitos anos já a ermida estava em ruinas escavaram o sótio onde ela se encontrava á procura de qualquer coisa que não encontraram e depois foi colocada onde hoje se encontra.
como estava muito baixa e para prevenir a queda dos braços e evitar a sua perda e possíveis acidentes, fizeram-se furos interiores meteram-se ferros e soldeou-se com cimento. Além desta havia uma outra cruz que partiram. desta última apenas restam um bocados. A base era hexagonal, pentagonal ou qualquer coisa parecida.
 
belas fotos! é sempre bom registar o nosso património!

o senhor odnilro anda desaparecido da malta blogueira! comé?
 
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