12 outubro, 2005

 

53. Roteiro turístico I

Á descoberta da Penha de França
Parte I


No Jornal “Notícias dos Forcalhos” foram publicados alguns roteiros tendo como ponto de partida e chegada os Forcalhos e a duração de um dia. Agora adaptamos esses roteiros ao blog. Avançamos, assim para o primeiro.

Sem grandes pretensões, tentaremos dar uma informação sucinta salpicada com alguns pormenores. O passeio descrito foi realizado e a sua descrição baseia-se nessa realidade, completada com alguma investigação.
Para começar avançamos com uma rota cheia de variedade onde podemos admirar horizontes sem fim, ambientes naturais espectaculares variando da floresta aos rochedos imponentes e desnudados, serras salpicadas de penhascos gigantescos, aldeias cheias de magia até alcançarmos a parte religiosa do passeio – o histórico Santuário de Nossa Senhora da Penha de França.

Alertamos que o passeio é bastante longo com zonas de curvas contra curvas e muitas descidas e subidas. Contudo, de uma forma geral, as estradas estão em óptimo estado. A melhor altura para efectuar esta viagem é na primavera quando podemos observar uma vegetação muito luxuriante e em flor e, em determinadas zonas, sentir aromas perfumados. É conveniente que o dia seja limpo de nevoeiros, caso contrário perdem-se as surpreendentes vistas.

Partimos então dos Forcalhos em direcção à Lageosa e desta tomamos a estrada em direcção a Espanha. Entrando em Espanha viramos para a direita e seguimos para Navasfrias.
Ponto Um: Depois de Navasfrias surge-nos uma estrada apertada com uma grande descida que nos leva a Valverde del Fresno. É de aproveitar e admirar a paisagem. A descida é longa e de inclinação acentuada. Contudo é só uma amostra do que iremos ver. Se possível fazer uma pequena paragem para melhor apreciar a paisagem.





- Valverde del Fresno envolvida por serras. Imagem tirada de AQUI.




Não se deixe intimidar pela estrada estreita e continue a viagem. Passando Valverde del Fresno tome a estrada de Eljas/San Martin de Trevejo.
A nossa próxima paragem é San Martin de Trevejo e, por isso, é escusado virar para Eljas. Continua-se na mesma estrada e só depois do corte para Eljas é que se vira no corte mais directo para San Martin de Trevejo.
Ponto Dois: Uma visita pela povoação é obrigatória.





- S. Martin de Trevejo: Plaza Mayor. Imagem tirada de AQUI.








- Ayuntamiento de S. Martin de Trevejo com o grande alpendre feito por diversas colunas de pedras que sustentam o andar superior do edifício de travessas de madeira.





Obrigatória é uma volta pelas ruas. Não só ficamos surpreendidos pelo tipo de construção medieval dos edifícios assim como pelo encantamento das sinuosas e estreitas ruas. Como toque de originalidade deparamos com um regato que passa pelo meio de algumas ruas que as refresca e lava. Cuidado para não meter a “pata na poça”!!!







- S. Martin de Trevejo, rua com regato.









A descoberta dos recantos e os vários ângulos de vista deixo-os para o leitor se deliciar nas suas descobertas. Olhem bem para pormenores como os barrotes que suportam os andares superiores, alguns deles têm esculpido carantonhas, ou nos canos de água dos beirais e na forma original e artística como terminam.





- S. Martin de Trevejo: um dos barrotes que suportam os andares superiores.




Interessante é que nos povoados de San Martín de Trevejo, Eljas e Valverde del Fresno falam uma língua antiga, que quase nada tem a ver com as outras falas da Estremadura Espanhola, chamada de “A fala de Xálima” (A Fala de Xalma) ou de A fala do val du ellas (fala do vale de Elhas). Esta fala foi transmitida de forma oral através dos tempos resistindo sempre ao idioma castelhano sendo hoje reconhecida oficialmente como podemos constatar através das placas dos nomes das ruas que surgem nas duas línguas. Desta fala de “xalima” discute-se se é um arcaico galaico-português ou uma variedade dialéctica do português fronteiriço (para saber mais AQUI e a AQUI.) Saindo da povoação continuamos na mesma estrada subindo a encosta.





- S. Martin de Trevejo: Vista geral.




Numa das curvas existe um pequeno parque de merendas donde se tem uma vista panorâmica sobre San Martin de Trevejo e todo o vale. Aconselho a paragem.
Continuando a subir a estrada sofre uma mudança. Transforma-se numa estrada apertada com um duvidoso alcatrão. A marcha tem de ser mais lenta. São cerca de 5 km assim. Todavia não se assuste. A estrada é viável mesmo para os carros mais baixos.

Ponto Três - A lentidão da viagem não só é recomendada pelo alcatrão como pela paisagem. Entramos numa floresta de árvores que fecham completamente o céu. É lindo, um túnel de arvoredo onde domina o castanheiro. No Verão faz uma sombra contínua muito desejada.
No fim desta estrada chegamos a um cruzamento e viramos para a direita. Entramos novamente em bom asfalto. Temos agora um grande percurso pela frente. Contudo é sempre de admirar a paisagem. Temos de passar por Villasbuenas de Gata. Chegando a Villanueva de la Sierra olhem com atenção para as setas indicativas das localidades e vire para Pinofranqueado. Como nota cómica reparem no nome de uma das terras: Bronco.




- Sinalização dando conta da existencia de uma terra com o nome Bronco.





(continua)

OJ

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Comments:
Eu non se escrbir en Potugues. Mais o chapuru un poicu,eu he etau moitas vdis en San Martin.
Muitas gracia, o moito obrigadu
Feito en Figueres o dia 26 de abri de2008

Gabriel
 
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