09 julho, 2005

 

12.Forcalhos e a 1ª escola de carrilhão de Portugal

A primeira escola de carrilhão do país terminou as aulas de iniciação ao carrilhão entrando num período de férias. Esta escola também tem marca forcalhense.





Torre da Sé Catedral de Leiria.









Pode-se dizer que o mais pesado dos instrumentos é o carrilhão de sinos .
Atendendo à sua singularidade e aos custos inerentes à sua construção não são instrumentos vulgares. Em Portugal, até fins do século XX só existia o carrilhão de Mafra, embora pelo país existissem vários jogos de sinos.

Para ser considerado um carrilhão é necessário ter um mínimo de 23 sinos (correspondendo a 2 oitavas) e uma consola onde o carrilhanista pode tocar. Quando a quantidade é inferior é considerado um jogo de sinos e, normalmente, são tocados por meio de sistemas automáticos, como são os casos das torres das diversas paróquias.

Mafra é uma referência nacional e internacional não só devido ao tamanho mas também à sua antiguidade, estando entre os mais velhos da Europa. Embora a grande tradição de carrilhão se situe nos Países-Baixos as diversas guerras foram delapidando todo esse património desfazendo o metal dos sinos para a construção de material bélico. Mafra, nunca sofrendo por causa de guerras, tem assim um lugar de destaque na cena internacional.
Em 1995 é inaugurado um carrilhão na cidade do Porto composto por 49 sinos e instalado na Torre dos Clérigos.






Interior da torre da Sé Catedral de Leiria. Conjunto de sinos do Carrilhão.








Em 2004 é a vez de Leiria. Na sequência do restauro do jogo de 8 sinos da torre da sé catedral, o cabido decide adquirir um carrilhão de 23 sinos. A torre ficou assim com os antigos 8 sinos, visíveis nos campanários da torre e que formam um jogo de sinos possíveis de tocar através do velho teclado rústico, e um carrilhão de 23 sinos implantado no interior da torre com uma consola própria de acordo com os padrões internacionais europeus. Um destes novos sinos foi oferecido pela família do nosso conterrâneo Dr Carlos Jorge.
Recentemente foi em Alverca inaugurado aquele que é considerado o 2º maior da Europa constituído por 69 sinos mas preparado para mais tarde ter 72 sinos.






Os dois alunos forcalhenses a tocar na consola da torre.






Apesar deste património nunca existiu em Portugal uma escola de carrilhão. Os pouquíssimos carrilhanista portugueses aprenderam com os mais velhos e depois receberam formação no estrangeiro.
O cabido da Sé de Leiria conhecendo esta realidade decidiu adquirir uma consola de estudo (em que o som sai electronicamente, como o de um órgão eléctrico, embora o teclado seja próprio para carrilhão) e instalou-o numa sala do Seminário diocesano. Em parceria com a SAMP criou a primeira escola de carrilhão de Portugal. Como em Espanha não conhecemos nenhuma escola de carrilhão podemos alargar o espaço e afirmar como a primeira escola de carrilhão da Península Ibérica. A escola arrancou com quase uma dúzia de alunos. E neste meio tão pequeno, os Forcalhos conta com dois conterrâneos entre os seus alunos, Dr Carlos Jorge e Orlindo Jorge.







O professor da escola de carrilhão e carrilhanista de Mafra.







As aulas são orientadas pelo Professor Abel Chaves carrilhanista de Mafra e reconhecido internacionalmente.
Este sábado foi a última aula deste ano lectivo, entrando agora um período de férias.
OJ

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Comments:
Isto promete! E para quando um carrilhão para a torre dos Forcalhos?
 
Forcão e carrilhão rimam. E têm parecenças:
Ambas têm galhas ( carrilhão tem esse teclado na foto que parecem galhas), ambos levam com peso (o forcão com o touro o carrilhão com os sinos), ambos fazerem barulho (o forcão pelas pessoas que chamam o touro e o carrilhão os sinos que tocam), e ambos são grandes.
 
Tudo condiz. Qualquer dia passam os forcalhenses para o carrilhão e o professor Abel chaves para o forcão.
 
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